Os 5 Passos Essenciais para Não Escolher a Profissão Errada. Vamos Conversar Sobre Isso?

Ei, posso te perguntar uma coisa meio difícil?
Lucas, de 17 anos, soava inseguro ao me procurar no fim de uma palestra sobre escolha profissional.

Claro. Pode falar.

E se eu me arrepender depois que entrar na faculdade? E se eu escolher a profissão errada? Ainda não faço ideia do que eu realmente gosto.

Sentei ao lado dele, sorri e disse:

— Lucas, o problema não é ter dúvidas — é ignorá-las. E por isso quero te contar os 5 passos que ajudam qualquer pessoa — inclusive você — a não cair nessa armadilha.

Ele se inclinou, interessado.

1.Entenda quem você é hoje antes de decidir o que quer ser amanhã

Antes de pensar em profissões, faculdades ou salários, pergunte-se:

— O que você gosta tanto de fazer que nem percebe o tempo passar?

— Como assim?

Ele pensou um pouco e respondeu:

— Eu gosto de entender como as coisas funcionam. Tipo desmontar e montar objetos, descobrir curiosidades, ajudar meus amigos a resolver problemas.

— Aí está. Você está começando a se conhecer. Descobrir seus interesses, valores e habilidades naturais é o primeiro passo. Tem gente que escolhe medicina só porque é uma profissão “respeitada”, mas desmaia ao ver sangue. Conhecer a si mesmo vale mais que qualquer teste vocacional.

— E como eu começo?

— Pegue um caderno. Anote o que você gosta, o que não gosta, quais matérias prefere, como você aprende melhor… e pergunte a quem te conhece: “Em que você acha que eu sou bom?” As respostas podem te surpreender.

2.Não siga modinhas — pesquise a realidade das profissões

— Já pensou em fazer Engenharia Aeroespacial?

Lucas arregalou os olhos:

— Nunca! Por quê?

— Porque está em alta. Mas isso não quer dizer que é pra você. Muita gente escolhe uma profissão porque está “na moda” ou porque dizem que dá dinheiro.

— Tipo TI?

— Exato. TI é incrível pra quem gosta da área. Mas é péssima pra quem escolhe só pelo salário. Uma profissão é um compromisso, Lucas. Não é uma tendência de TikTok. Antes de decidir, investigue: como é o dia a dia da profissão? Onde se trabalha? Quais são os desafios?

— Dá trabalho…

— Dá. Mas bem menos do que passar anos fazendo algo que você odeia.

3.Teste antes de decidir: a experiência prática faz diferença

— E como vou saber se vou gostar mesmo?

— Vivenciando um pouco da profissão antes. Já ouviu falar de job shadowing?

— Não…

— É quando você acompanha um profissional por um dia ou uma semana, só observando. Como um “estágio de observação”. Pode ser visitar uma empresa, fazer um curso introdutório, participar de um projeto voluntário ou até conversar com alguém da área.

— Nunca fiz isso…

— Então comece. Lembra do seu tio que é arquiteto? Peça pra passar uma tarde com ele no escritório. Ou daquela amiga da sua mãe que trabalha no hospital? Converse com ela. Ver de perto é bem diferente de só imaginar.

— E se eu não gostar?

— Melhor ainda. Assim você já risca da lista e economiza anos da sua vida.

4.Pense no futuro, mas viva o presente

— Vale mais a pena escolher algo que está crescendo agora ou algo mais tradicional?

— Ótima pergunta. O segredo é o equilíbrio. Você não precisa prever o futuro, mas pode estudar as tendências. Carreiras ligadas à tecnologia, saúde mental, sustentabilidade e empreendedorismo estão em alta.

— Mas eu gosto muito de história… ainda tem espaço pra isso?

— Sempre tem espaço pra quem é bom no que faz. O mundo muda, mas as pessoas continuam querendo boas histórias, bons professores, bons comunicadores. A diferença está em como você aplica isso.

— Como assim?

— Talvez você não vá trabalhar em um museu. Mas pode criar conteúdo online, dar aulas de forma criativa, atuar com turismo histórico… O segredo é adaptar o que você ama ao que o mundo precisa.

5.Converse com quem já passou por isso — e com quem vai te acompanhar

— Meus pais querem que eu faça Direito. Mas eu não tenho certeza…

— E você já falou isso pra eles?

Ele ficou em silêncio, depois respondeu baixinho:

— Não do jeito certo…

— Eu entendo. Muitos pais querem o melhor para os filhos, mas às vezes confundem “o melhor” com “o mais seguro”. Sua missão não é brigar com eles. É conversar. Explicar seus motivos. Mostrar que você está pesquisando, que tem um plano.

— E se eles não aceitarem?

— Vá com calma. Mostre maturidade. Busque apoio de outros adultos: professores, mentores, familiares. Você não está sozinho.

Para finalizar…


Escolher uma profissão não é uma linha de chegada — é o início de uma jornada. E quanto mais consciente for esse começo, menos você vai precisar voltar atrás lá na frente. Não existe escolha perfeita, mas existe uma escolha bem feita.

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